Com as atuais técnicas de tratamento de reprodução assistida, mulheres que não conseguem ovular naturalmente ou apresentam deficiência na ovulação também podem engravidar. Para isso, é preciso realizar a indução da ovulação. Como a paciente não produz o gameta feminino, conhecido como óvulo, é necessário ingerir medicamentos que atuam estimulando a mulher a produzir as gonadotrofinas (hormônios que agem estimulando os ovários) ou utilizando as próprias gonadotrofinas (FSH – Hormônio Folículo Estimulante e LH – Hormônio Luteinizante). “É válido lembrar que medicação com estrogênio e progesterona não serve para induzir a ovulação, apenas substituem os hormônios produzidos pelos ovários”, alerta Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista, especialista em fertilização e diretor da Fertivitro – Centro de Reprodução Humana.
O medicamento é sugerido de acordo com o perfil da paciente e o tratamento adotado. Deve-se levar em consideração também a idade e os antecedentes genéticos da mulher, pois associados a exames laboratoriais pode-se ter uma idéia da reserva ovariana, ou seja, como está a saúde dos ovários.
É bom lembrar que os ovários são órgãos de consumo, ou seja, estima-se que uma mulher na sua menacme (primeira menstruação) possui cerca de 300 a 400 mil células com potencial de gerarem um óvulo, e que todos os meses se consomem aproximadamente mil células, mas somente uma ou no máximo duas serão ovuladas.
O objetivo da indução é de melhorar a qualidade e quantidade dos óvulos, na tentativa de aumentar as chances de ocorrer a fecundação (penetração do espermatozoide no interior do óvulo) e a implantação (fase em que o pré-embrião se aloja na cavidade do útero). Com a produção de mais ou melhores gametas femininos, cresce a oportunidade de uma gravidez.
Existem três procedimentos para o tratamento de infertilidade a partir de ovulação induzida: coito programado, cuja relação sexual é programada para o período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozóides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozóides; e a fertilização in vitro, em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozóides) é feita em laboratório.
Mais informações relacionadas à reprodução assistida estão no site da Fertivitro www.fertivitro.com.br.