Outras Técnicas Complementares

Quando falamos de tratamentos de fertilização assistida, existem outras técnicas complementares de reprodução que podem ser aplicadas em casos específicos tanto como solução, bem como para aumentar as chances de sucesso dos tratamentos.

Por esse motivo, os tratamentos são sempre individualizados, ou seja, cada caso é avaliado de forma única a fim de que os pacientes recebam o diagnóstico correto e a indicação de tratamento mais adequado.

Isso contempla uma série de situações bastante distintas que talvez requeiram a aplicação de outras técnicas complementares. Conheça algumas delas:

outras técnicas complementares de reprodução assistida

Saiba mais sobre as técnicas complementares

Punção do Epidídimo ou Testicular

São técnicas para obtenção de espermatozoides empregadas nos casos de infertilidade masculina, quando o homem apresenta azoospermia, assim como nos casos de impossibilidade de reversão da vasectomia. O especialista em infertilidade definirá qual das técnicas abaixo é a mais recomendada para cada caso.

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  • PUNÇÃO PERCUTÂNEA DO EPIDÍDIMO (PESA): procedimento pouco invasivo, realizado com sedação local, e uso de uma agulha fina e seringa para extração dos espermatozoides diretamente do epidídimo.
  • MICROASPIRAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES DO EPIDÍDIMO (MESA): realiza-se uma pequena incisão na pele escrotal para chegar ao epidídimo e extrair os espermatozoides.
  • ASPIRAÇÃO PERCUTÂNEA DE TESTÍCULO (TESA): a técnica segue os mesmos passos da PESA, porém os espermatozoides são extraídos diretamente dos testículos.
  • EXTRAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES DO TECIDO TESTICULAR OU BIÓPSIA DO TESTÍCULO (TESE): por meio de uma pequena incisão, retira-se um fragmento do tecido testicular para identificar a existência ou não de espermatozoides.

Nesses tratamentos, a técnica de fertilização aplicada é a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), para um melhor aproveitamento dos gametas masculinos e maior chance de sucesso do tratamento.

Diagnóstico Genético Pré-implantacional

Outras técnicas complementares dos tratamentos de fertilização assistida, são a biópsia embrionária e o diagnóstico genético pré-implantacional de embriões.

A análise genética de embriões pode ser recomendada pelo especialista em infertilidade e pode ajudar em dois tipos de situações, a saber:

  • DOENÇAS GENÉTICAS HEREDITÁRIAS: o diagnóstico genético pré-implantacional (PGT-M) é um teste que identifica os embriões fertilizados portadores de mutação genética hereditária e, desse modo, previne que a mutação seja transmitida para as próximas gerações.
  • ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS (ANEUPLOIDIAS): já o screening genético pré-implantacional (PGT-A) é um estudo que identifica embriões fertilizados com alterações cromossômicas das mais variadas, com o intuito de melhorar as taxas de sucesso dos tratamentos de FIV nos casos de abortos de repetição, falhas de implantação, idade materna avançada e cariótipo alterado.

Para que a análise genética seja possível, os embriões fertilizados devem ser cultivados até atingir o estágio de blastocisto (D5 ou Dia 5). O embriologista realiza então a biópsia embrionária, onde algumas células da camada externa do embrião (trofoblasto) são retiradas e enviadas para a análise.

Após o resultado da análise genética, os embriões alterados podem ser enviados para pesquisa ou descartados e somente os embriões saudáveis são selecionados para transferência embrionária ou congelamento.

Embrioadoção ou Adoção de Embrião

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A embrioadoção ou adoção de embrião está entre as outras técnicas complementares da reprodução humana assistida. Ela pode beneficiar pessoas e casais que desejam vivenciar a gestação, porém não desejam ou não podem passar pelo processo de fertilização, bem como não fazem questão de ter filhos biológicos.

Nos tratamentos de fertilização in vitro (FIV), quando os embriões excedentes são congelados, pode acontecer do casal engravidar logo e não desejar mais ter filhos.

Se for do desejo do casal, ou em caso de embriões criopreservados abandonados por mais de 3 anos, esses embriões congelados podem ser doados para outra pessoa ou casal.

Para tanto, a clínica é responsável por identificar embriões em que os receptores tenham características físicas e compatíveis com os progenitores. Será mantido o sigilo e anonimato entre doadores e receptores.

Uma das vantagens da embrioadoção é que os receptores não terão que passar pelo processo de fertilização in vitro (FIV), uma vez que os embriões já estão fertilizados, cabendo aos receptores apenas os custos referentes ao descongelamento e transferência dos embriões.

Cessão Temporária de Útero ou Barriga Solidária

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Também conhecida como gestação ou útero de substituição, porém diferente da barriga de aluguel que é proibida no Brasil. A barriga solidária é outra técnica complementar que costuma ser indicada nos casos de:

  • UNIÃO HOMOAFETIVA MASCULINA: casais masculinos que desejam ter filhos.
  • PATERNIDADE INDEPENDENTE: homens que desejam ser pai por produção independente.
  • HISTERECTOMIA: mulheres que se submeteram a histerectomia e, portanto, não possuem mais útero.
  • ALTERAÇÕES NA CAVIDADE UTERINA: pacientes com alterações na cavidade uterina que dificultam a implantação ou o desenvolvimento do embrião.

Entretanto, há uma série de regras definidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em relação ao perfil da doadora, que devem ser observadas.

Entre as principais exigências, a cedente temporária do útero deve ter ao menos um filho nascido vivo e pertencer a família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o 4° grau. E, além disso, assinar um termo de compromisso que estabelece claramente a filiação da criança.

Para a cessão temporária de útero ou barriga solidária, aplicamos a técnica de fertilização in vitro (FIV).

Observações Importantes

Finalmente, é importante explicar que essas técnicas complementares somente são indicadas após a investigação da infertilidade, quando o especialista identifica doenças ou condições em que os pacientes podem realmente ter um benefício maior.

Sem dúvida, são técnicas que ajudam pessoas que não podem ter filhos por meios naturais a realizar o sonho de ter seu bebê em casa.

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