A fertilização in vitro (FIV), popularmente conhecida como “bebê de proveta”, é uma técnica de alta complexidade da reprodução humana assistida. Na FIV, os gametas masculino e feminino, isto é, o espermatozoide e o óvulo são fertilizados em laboratório.
Isso significa que tanto os óvulos quanto os espermatozoides são coletados e passam por uma análise. A partir da qual são selecionados os gametas com melhor potencial de fertilização para que o tratamento para engravidar seja realizado com mais chances de sucesso.
O tratamento de fertilização in vitro (FIV) pode ajudar a realizar o sonho de ter filhos tanto nos casos de infertilidade conjugal, bem como nos casos de união homoafetiva e de produção independente. Além disso, a FIV é aplicada também nos casos de doação de gametas, ou seja, ovodoação e doação de sêmen ou os dois.
Em relação a infertilidade, a fertilização in vitro costuma ser indicada nas seguintes situações, a saber:
- Ausência ou obstrução das tubas uterinas.
- Insucesso da reversão de laqueadura tubária (reanastomose).
- Endometriose profunda.
- Fator masculino moderado a grave.
- Falhas repetidas de tratamento de baixa complexidade.
- Falência ovariana prematura (FOP).
- Idade materna avançada.
Como funciona a fertilização in vitro (FIV)?
O tratamento é composto por 7 etapas, a seguir, conheça cada uma delas:
1. Estimulação Ovariana
Geralmente, a estimulação dos ovários inicia em conjunto com o ciclo menstrual da mulher, onde são aplicadas medicações injetáveis diárias para estimular o desenvolvimento dos folículos e de uma quantidade maior de óvulos. O especialista em reprodução humana assistida estabelece a dosagem das medicações, de acordo com o resultado dos exames da paciente. Nesse período, realizamos ultrassonografias para acompanhar a resposta dos ovários às medicações, com intervalos a depender da avaliação médica. Quando 2 a 3 folículos atingem cerca de 18mm, a paciente faz uso de uma outra medicação para induzir a ovulação, com aspiração dos óvulos (oócitos) cerca de 36 horas depois.
2. Aspiração Folicular
Esse é o momento de coletar os óvulos, para tanto, é necessário a paciente estar em jejum (8 horas). Um anestesista, que também estará presente durante a realização do procedimento, aplicará uma sedação leve, para que a paciente não sinta nenhum tipo de desconforto. O especialista em reprodução humana assistida introduz uma agulha fina de punção, acoplada ao aparelho de ultrassom, na vagina da paciente até os ovários para alcançar os folículos e assim puncionar os óvulos da paciente. Todo o procedimento dura em média 20 minutos e logo depois a paciente repousa até a recuperação plena após sedação. Toda a estrutura do centro cirúrgico da Fertivitro foi planejada para tornar o procedimento o mais seguro possível e seguindo todas as normas sanitárias vigentes, a fim de que a paciente tenha uma ótima recuperação após o procedimento.
3. Identificação dos Oócitos (Óvulos)
Durante o procedimento de aspiração folicular, cada óvulo coletado é entregue ao embriologista para avaliar a integridade e maturidade do gameta feminino e então selecionar aqueles que serão fertilizados em laboratório.
4. Processamento Seminal
A coleta do sêmen ou amostra seminal é realizada de forma simples por meio de masturbação ou, quando indicado para o caso, por meio de punção testicular ou do epidídimo. Logo depois, o biomédico realiza o processamento seminal e faz a seleção dos espermatozoides com melhor potencial de fertilização.
5. Fertilização in vitro (FIV)
No laboratório de FIV, os espermatozoides selecionados são colocados junto aos óvulos, em uma placa de Petri com meio de cultura apropriado e em condições ideais de temperatura e umidade. Assim, os espermatozoides mais rápidos e com melhor potencial de fertilização migram em direção aos óvulos para penetrá-los e formar os pré-embriões ou zigoto.
6. Cultivo de Embriões
Depois da FIV, inicia-se o cultivo embrionário ou desenvolvimento dos embriões em meio de cultura apropriado. Nesse período, os embriologistas acompanham o tempo e as divisões celulares de cada embrião, que podem ser cultivados até o D3 (estágio de clivagem) ou D5 (estágio de blastocisto). É quando o material é observado a fim de que sejam selecionados os melhores embriões para transferência, ou seja, aqueles que apresentam maior potencial de implantação.
7. Transferência Embrionária
É a última etapa do processo e geralmente ocorre após, no máximo, 5 dias da aspiração folicular no laboratório de FIV. O embrião ou embriões selecionados são transferidos para o endométrio (camada interna do útero) por meio de um cateter. Durante o procedimento, a mulher não sente dor e, após a transferência, repousa por aproximadamente 20 a 30 minutos.
Para mulheres com até 37 anos, podem ser transferidos até 2 embriões, enquanto para as mulheres com mais de 37 anos, até 3 embriões. Quando houver embriões excedentes, esses podem ser congelados para uso futuro ou doação.
Normalmente, o teste de gravidez Beta hCG é realizado 14 dias após a transferência embrionária para confirmar a gravidez.
Quais as chances de sucesso da fertilização in vitro (FIV)?
No tratamento de FIV, as taxas de gravidez ou chances de sucesso, a depender da idade da mulher e dos fatores de infertilidade envolvidos, podem ultrapassar os 50% por tentativa.
A partir dos 35 anos, a mulher tem uma queda progressiva na sua taxa de fertilidade, isto é, uma redução na quantidade e qualidade dos seus óvulos, fato que impacta diretamente na qualidade do embrião e no sucesso do procedimento.
Para se ter uma ideia, estatisticamente a chance de sucesso de uma FIV em mulheres com menos de 35 anos se situa ao redor de 50%, enquanto nas mulheres com mais de 40 anos fica entre 20 e 25%.
Falando das causas de infertilidade masculina, a varicocele impacta também no resultado da FIV. Uma vez que, a varicocele provoca alterações na quantidade e qualidade dos espermatozoides e, por consequência, interfere também na qualidade do embrião, podendo ocorrer falha de implantação.
Entretanto, ainda que esses fatores exerçam influência nos resultados, as possibilidades de um casal conseguir ter filhos por meio de tratamentos de reprodução humana assistida, como a fertilização in vitro (FIV), são muito maiores do que engravidar de forma natural.
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