A obesidade não é prejudicial apenas para a fertilidade feminina, ao ocasionar falha na ovulação ou aborto, dentre outros problemas. O que poucos sabem é que o excesso de peso também é um fator negativo para homens que pretendem ser pais.
Espermatozóides de homens obesos ou acima do peso apresentam alteração na quantidade (produção bem menor), na motilidade (são mais lentos) e na morfologia (mudança no formato), características negativas que interferem na capacidade de penetrar e fecundar o óvulo. Isso se dá porque o homem obeso tem aumento de temperatura testicular reduzindo a qualidade dos espermatozóides e produz menos testosterona e mais hormônio estradiol do que aquele que está com o peso ideal, o que acaba gerando distúrbios no sistema reprodutivo.
De acordo com o Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista, especialista em fertilização e diretor da Fertivitro – Centro de Reprodução Humana, para pacientes com problemas de fertilidade, o indicado é o casal emagrecer antes de tentar uma gravidez, para que os hormônios voltem ao normal. “Mesmo com tratamento de reprodução de assistida para melhorar a fertilização, eu recomendo a perda de peso para também evitar riscos na gestação, como o aborto, diabetes e a hipertensão”, alerta.
Se após um ano de tentativas para engravidar, o casal não obter sucesso, é recomendado procurar ajuda numa clínica de reprodução humana. Existem três procedimentos para o tratamento de infertilidade a partir de ovulação induzida: coito programado, cuja relação sexual é programada para o período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozóides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozóides; e a fertilização in vitro, em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozóides) é feita em laboratório.
Mais informações relacionadas à reprodução assistida estão no site da Fertivitro www.fertivitro.com.br.