Falar sobre infertilidade ainda é um tema delicado para muitos casais, que sofrem por não conseguir engravidar de forma natural.
Sem dúvida, expor uma situação íntima do casal é algo que causa desconforto e, às vezes, gera até mesmo vergonha e culpa para esses casais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é uma doença que afeta mais de 186 milhões de pessoas no mundo, o que representa cerca de 15 a 20% da população em idade reprodutiva, ou seja, 1 em cada 5 casais terão dificuldades para engravidar.
E como toda doença, a infertilidade deve ser minuciosamente investigada para que se alcance o melhor tratamento.
Um casal é considerado infértil quando, após um ano de tentativas mantendo relações sexuais frequentes sem o uso de preservativos, não consegue engravidar.
Só para exemplificar, um casal com vida sexual ativa, que não faz uso de anticoncepcionais, tem 1 chance em 5 de conceber a cada mês (20%). Isso significa que 8 entre 10 casais, na tentativa de ter um bebê, irão engravidar dentro de um ano.



No entanto, os outros 20% dos casais apresentam algum tipo de dificuldade para gerar filhos por meios naturais. Estima-se que pelo menos metade desses casais precisarão recorrer a tratamentos de reprodução humana assistida.
Além disso, a falta de informação, aliada a questões culturais, crenças e outros fatores, faz com que esses casais demorem a buscar ajuda especializada, o que pode prejudicar as chances de engravidar.
Em primeiro lugar, o casal deve consultar um médico especialista para obter um diagnóstico correto e para a indicação do melhor tratamento para engravidar.
É um equívoco pensar que o problema está sempre relacionado com a mulher. Uma vez que, na totalidade dos casos, 30% são fatores de infertilidade masculina, 30% são fatores de infertilidade feminina e 25% são fatores do casal.
30%
Infertilidade
Masculina
30%
Infertilidade
Feminina
25%
Infertilidade
do Casal
15%
ISCA
Entretanto, em 15% dos casais não se sabe o real motivo do casal não engravidar, e mesmo após a análise de resultados de todos os exames solicitados, não é possível chegar a uma conclusão definitiva quanto ao diagnóstico de infertilidade. Esses casos são classificados como Esterilidade ou Infertilidade Sem Causa Aparente (ESCA ou ISCA).
Assim, é necessário a participação do casal no processo de investigação, de tal forma que o médico possa fazer uma avaliação individualizada do casal e, desse modo, recomendar a técnica de reprodução humana assistida mais adequada.
A medicina reprodutiva oferece diversas técnicas de baixa e alta complexidade, assim como técnicas complementares, que podem ajudar desde os casos mais simples até os casos mais complexos, para os casais que desejam constituir uma família.