A Laqueadura ou ligadura tubária ou de trompas é um procedimento voluntário de esterilização definitiva da mulher. Trata-se de uma cirurgia simples, realizada por ginecologistas, que promove a obstrução das tubas uterinas, impedindo a fecundação.
É um método contraceptivo definitivo escolhido por casais em todo o mundo. Uma recente pesquisa americana revelou que cerca de um milhão de procedimentos de laqueadura tubária são realizados anualmente, dos quais metade deles é realizada logo após o parto.
“Muitas mulheres fazem laqueadura tubária, em busca de uma forma segura e eficaz de evitar a gravidez sem a utilização de métodos anticoncepcionais hormonais, mas anos mais tarde, inúmeras voltam a desejar uma nova gravidez”, revela Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro.
A legislação brasileira, permite que mulheres acima dos 25 anos façam laqueadura ou ainda, as que tenham pelo menos dois filhos vivos. Contudo, a principal indicação do procedimento é em mulheres que podem apresentar problemas de saúde durante uma gestação, colocando em risco a vida da mãe e do filho.
As mulheres que se submeteram à laqueadura tubária têm duas opções para a reversão e poder voltar a ter filhos: a reanastomose tubária microcirúrgica (um procedimento cirúrgico de reversão da laqueadura) ou a fertilização in vitro, com transferência de embriões.
“A fertilização in vitro é um procedimento minimamente invasivo em relação a um procedimento cirúrgico de reversão da laqueadura e que dependendo da idade da mulher, as chances de uma nova gestação são reduzidas”, ressalta Dr. Albuquerque.
A fertilização in vitro (FIV) é o tratamento mais eficaz para diversos casos de infertilidade em mulheres com mais de 36 anos de idade. A técnica consiste no processo de fecundação do óvulo pelo espermatozoide fora do corpo, formando o embrião, que é transferido para o útero da mulher.
“Ao longo da minha carreira em reprodução humana, eu já presenciei centenas de casos de sucesso de gravidez em mulheres com laqueadura. Cada caso é um caso e deve ser avaliado cuidadosamente por um especialista. A fertilidade engloba inúmeras questões, como a saúde geral da paciente e a idade”, conclui Dr. Luiz Eduardo, especialista em reprodução humana.