Bastante conhecida por ser estimulante, a cafeína pode trazer sérios problemas para a fertilidade do homem e da mulher. É difícil mensurar o total da substância consumida pelas pessoas, já que ela pode vir de várias fontes como o café, o chá, os refrigerantes, os chocolates e até mesmo algumas medicações. Por isso, quando se fala em consumo de cafeínas, todas as fontes devem ser avaliadas.
Alguns pesquisadores que avaliam as características do sêmen, como o volume, a concentração de espermatozoides, a motilidade e a morfologia, relatam que a exposição do organismo masculino à cafeína pode afetar a espermatogênese (formação dos espermatozoides). Mas a afirmativa ainda não foi comprovada pela literatura médica, porque nem todos os trabalhos comprovam esse mesmo fato.
Também não é certo afirmar que a cafeína propicia o aborto, porque as pacientes, geralmente, reduzem a ingestão da substância no início da gestação devido a náuseas e vômitos. Percebe-se uma associação grande com o uso, em conjunto, de cafeína e cigarro. O fumo quando consumido pelas mulheres é considerado um fator de risco importante para vários resultados reprodutivos adversos, como infertilidade, aborto espontâneo, restrição de crescimento fetal e parto prematuro.
Em relação à chance de gravidez e taxa de aborto espontâneo, os trabalhos são controversos. O que se sabe é que morte fetal e parto prematuro também não estão fortemente relacionados ao uso de cafeína em excesso.
Não há, ainda, uma associação da cafeína ao tratamento de infertilidade, no sentido de gerar menor número de óvulos ou embriões ou, ainda, na queda da taxa de gestação. “Muitas pesquisas não sustentam que o consumo de cafeína em excesso afete a reprodução humana, o que obrigada a Medicina a realizar novas pesquisas para chegar a uma conclusão definitiva. Por isso, até que se tenha o resultado ideal, a indicação é consumir a substância sem exageros”, explica Dra. Fernanda Coimbra Miyasato, ginecologista e especialista em Reprodução Assistida da Fertivitro — Centro de Reprodução Humana.
Tratamento
Não há um tratamento clínico para pacientes que tiveram a sua fertilidade prejudicada devido ao consumo excessivo de cafeína, mas os especialistas recomendam a redução da substância, principalmente, àqueles que apresentam infertilidade.
Aos casais que não conseguem ter um filho, indica-se o tratamento via reprodução humana. Existem três procedimentos: coito programado, cuja relação sexual é programada para o período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro, em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.
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