Reprodução assistida é um dos tratamentos indicados nas mulheres com endometriose

Endometriose é uma doença que se revela devido ao surgimento do endométrio (tecido que reveste a cavidade do útero) fora da cavidade uterina, seja no útero, nos ovários, nas trompas, na bexiga e até em órgãos distantes como o pulmão, estômago, entre outros. Ela acomete mulheres em idade reprodutiva, entre 12 e 48 anos.
A endometriose pode causar infertilidade quando há formação de aderências que alteram a anatomia e a função das trompas, o que impede a captação do óvulo para se unir aos espermatozoides. Outra hipótese é no caso de haver o aumento das células de defesa (fator imunológico) que diminuem a ação dos gametas (espermatozoides e óvulos). Algumas pacientes portadoras de endometriose apresentam falha de implantação devido a um endométrio prejudicado e hostil ao embrião.
O tratamento nas pacientes que não desejam gestação se dá por suspensão da menstruação ou cirurgia. Para pacientes inférteis, o primeiro passo é engravidar e depois reavaliar a endometriose. E às que não conseguem a cura da doença para poder iniciar uma gestação, é possível buscar recursos na reprodução assistida para uma possível gravidez. “A chance de gestação em mulheres com endometriose é de 2% a 10% ao mês, comparada a taxa de 15% a 20% mensal, em mulheres sem endometriose. O tratamento de reprodução assistida nessas pacientes depende muito da sua idade e do grau de intensidade da doença”, explica Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista e especialista em Reprodução Assistida, diretor da Fertivitro – Centro de Reprodução Humana.