A Diabetes Mellitus é uma doença autoimune, caracterizada pela deficiência da produção de insulina pelo organismo. A do Tipo 1 é uma disfunção metabólica que ocorre geralmente na infância e na adolescência, o que torna o paciente dependente de terapia por insulina, devido à falência das células que produzem esse hormônio no pâncreas. É uma das formas do diabetes que acomete cerca de 10% da população de diabéticos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Brasil, aproximadamente, um milhão de pessoas têm a tipo 1.
Segundo a SBEM, não há cura para o diabetes, porém, estão sendo realizados estudos de uma terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosticados que, no futuro, podem levar ao fim da doença.
A infertilidade
Alguns estudos revelam que homens com diabetes tipo 1 podem apresentar espermatozoides com alteração na motilidade e no volume do sêmen, e anormalidades morfológicas, o que impacta na fertilidade masculina. Em determinados pacientes pode ocorrer diminuição na libido e até impotência.
Homens portadores de diabetes tipo 1, que desejam ser pais e apresentam infertilidade, devem fazer o espermograma, um exame que avalia o potencial e a qualidade do sêmen, para diagnosticar o nível da infertilidade e depois adotar o procedimento indicado.
Geralmente, nos casos mais graves, a técnica de reprodução assistida mais comum é a fertilização in vitro, em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório. Os espermatozoides desses pacientes serão avaliados e processados para que possa ocorrer o procedimento. Antes da fertilização, é realizado uma seleção dos espermatozoides, para serem utilizados aqueles de melhor potencial. “Independente do tratamento para fertilidade, os homens com diabetes tipo 1 devem ter acompanhamento como endocrinologista para controlar a doença e evitar problemas mais graves à saúde”, afirma Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista, especialista em fertilização e diretor da Fertivitro – Centro de Reprodução Humana.