A medicina reprodutiva alcançou um patamar bastante inovador para as mulheres que desejam postergar a maternidade para se dedicar à profissão, aos estudos ou à projetos pessoais. Hoje, mulheres jovens encontram nos métodos de reprodução assistida uma forma de preservar sua fertilidade para que possam ter filhos após os 35 anos. A técnica de congelamento de óvulos é a grande aliada na preservação da fertilidade para este público feminino, porque a partir dos 35 anos, a qualidade dos óvulos diminui, o que pode levar à infertilidade.
O congelamento de óvulos permite conservar os gametas femininos (óvulos), por prazo indeterminado, e quando a mulher decidir utilizá-los eles poderão ser descongelados, fertilizados em laboratório e os embriões resultantes, transferidos para o útero.
Como funciona
A técnica mais utilizada e com melhores resultados é denominada de vitrificação. Consiste em reduzir a temperatura do óvulo, de maneira súbita, de 22º C iniciais a menos 196º C finais, temperatura do nitrogênio líquido, passando por soluções com alta concentração de crioprotetores, que evita a formação de cristais de gelo, e tem como função manter a viabilidade das células, aumentando a taxa de sobrevida das mesmas.
De acordo com o Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor médico e especialista em Reprodução Assistida da Fertivitro — Centro de Reprodução Humana, “além de mulheres que desejam postergar a maternidade, essa técnica pode ser adotada em pacientes com algum tipo de câncer, que correm o risco de perder a fertilidade após a exposição a terapias citotóxicas como os tratamentos quimioterápicos, ou ainda, aquelas que estão sendo submetidas a tratamentos de infertilidade por meio da fertilização in vitro, e preferem congelar óvulos e não embriões, por motivos éticos ou religiosos”.