- O ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro, explica sobre a melhor idade para engravidar, obesidade e preservação de óvulos
Nunca se discutiu e estudou tanto sobre infertilidade feminina como nas últimas décadas. Com a transformação do papel da mulher na sociedade, em busca de realizações pessoais e do seu espaço no mercado de trabalho, a gravidez foi colocada como planos futuros, para a grande maioria. Adiar a gestação, em alguns casos, pode afetar a fertilidade da mulher, mas existem alternativas para que o sonho da maternidade aconteça, ainda que tardio.
O ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro, orienta as pacientes sobre como lidar com os problemas atuais de infertilidade, como a idade e obesidade e fala a respeito da preservação de óvulos.
Idade da mulher
Tentar engravidar após os 35 anos reduz as chances de uma gestação, porque a qualidade e quantidade de óvulos começam a declinar. “Além da dificuldade de uma gravidez, as taxas de aborto são maiores, em decorrência de alterações cromossômicas no embrião formado. Porém, existem técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, que podem ajudar a mulher engravidar”, explica o especialista.
Em contrapartida, a boa notícia é que o número de embriões a ser transferido é inversamente proporcional à idade da mulher, devido à diminuição das chances com o passar da idade. No caso de procedimentos com óvulos doados, a idade que prevalece é da doadora. Segundo Conselho Federal de Medicina (CFM), mulheres com 35 anos podem receber a transferência de até dois embriões; pacientes entre 36 e 39 anos, até três embriões; e mulheres com 40 anos ou mais poderão transferir, no máximo, quatro.
Mas Dr. Luiz faz um alerta quanto à gravidez em idade avançada: “aos 50 anos ou mais, há o risco de diabetes e hipertensão, doenças relacionadas à gestação nessa idade, por isso, vale uma atenção especial com o planejamento familiar para evitar problemas à mãe e ao bebê”.
Obesidade
Outro ponto negativo é o excesso de peso que, em alguns casos, pode diminuir a fertilidade da mulher. O desequilíbrio hormonal pode causar Síndrome do Ovário Policístico (SOP), ciclos menstruais irregulares, anovulação (diminuição ou parada da ovulação) e poucas chances de gestação. “Alimentação equilibrada e atividade física, realizada de forma moderada, evitam a obesidade e, consequentemente, podem evitar a SOP”, indica Dr. Luiz Eduardo Albuquerque da Fertivitro.
Doação de óvulos
O congelamento de óvulos (oócitos) é uma escolha nos casos de tratamento de câncer, como a quimioterapia e a radioterapia, ou quando a mulher decide postergar a maternidade. Os óvulos (gametas femininos) são coletados, congelados e armazenados. Quando a paciente tomar a decisão de utilizá-los, esses gametas são submetidos à fertilização in vitro pela técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). “Anualmente, vem aumentando a procura da criopreservação dos oócitos para a preservação da fertilidade”, informa o diretor da Fertivitro.
Tratamentos de Reprodução Assistida (RA)
Existem três tipos de tratamentos de reprodução humana: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.
Sobre o Dr. Luiz Eduardo Albuquerque
Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO – Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica.
O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana.
Foi médico do setor de Reprodução Humana da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.
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