A endometriose é uma doença inflamatória crônica estrógeno-dependente, que afeta entre 5-15% das mulheres em idade reprodutiva, causando infertilidade e dor.
Isso significa que aproximadamente 6 milhões de mulheres no Brasil e 180 milhões de mulheres no mundo sofram com endometriose. Em pacientes com dor pélvica ou infertilidade, a presença da doença alcança índices de 50 a 60% das mulheres, havendo diversos estudos ao redor do mundo que tentaram identificar esses números.
O tecido endometrial é aquele que reveste o interior do útero. Todos os meses este tecido — também chamado endométrio — torna-se mais espesso para receber o possível óvulo fecundado. Quando o óvulo não é fecundado, parte do endométrio se descama e é expelido na menstruação. Na endometriose, esse tecido endometrial está disseminado por outras partes do corpo da mulher, normalmente, pela própria região pélvica, como nos ovários, nos ligamentos do útero e dos ovários, na bexiga, no intestino, e, no peritônio.
Queixas de dor se manifestam como dor pélvica crônica, dispareunia profunda (dor durante a relação sexual), e também dismenorreia (cólica menstrual), disquezia (dor ao defecar) e disúria (dor ao urinar).
Os tratamentos mais utilizados são a excisão cirúrgica bem como a utilização de drogas que podem bloquear a produção ou a ação de estrogênios. Embora a utilização de hormônios possa ter efeitos positivos, muitas mulheres continuam sofrendo de dor.