A endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva, é caracterizada pela presença de endométrio em locais fora do útero, sendo que as regiões mais comuns afetadas são: fundo de saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a doença atinge 180 milhões de mulheres no mundo e pode gerar impacto na qualidade de vida, na fertilidade e em planos futuros de gravidez.
O principal sintoma é a dor, às vezes, muito forte, na época da menstruação, e dores para ter relações sexuais, na bexiga e no intestino. Muitas mulheres que têm endometriose não sentem nada, apenas têm dificuldade para engravidar.
Ter endometriose não é sinônimo de infertilidade, porque muitas pacientes portadoras da doença engravidam normalmente. Somente de 30% a 40% das mulheres com endometriose apresentam dificuldade para engravidar.
Para pacientes que não conseguem engravidar de forma natural, devido à presença de focos de endometriose, existe a possibilidade de tratamento pela reprodução assistida. No caso da endometriose grave, que compromete a anatomia pélvica, é indicado o tratamento de fertilização in vitro, em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório e o embrião é transferido para o útero.