Homens que realizaram a vasectomia, mas pretendem ter filho, podem recorrer à medicina reprodutiva para realizarem o desejo de serem pais novamente.
Na vasectomia ou azoospermia obstrutiva, o homem produz espermatozoides, mas uma obstrução os impede de sair durante a ejaculação. Quando a azoospermia for a não obstrutiva, em que há falta de produção de espermatozoides, devido geralmente a defeitos genéticos, congênitos, danos sofridos nos testículos, o paciente é considerado infértil, após ter sido pesquisado pelas biópsias bilaterais. Nesse caso, será necessária a utilização de um banco de sêmen, caso o casal aceite essa hipótese.
A vasectomia é um método cirúrgico que liga os canais deferentes no homem, impedindo que os espermatozoides saiam durante a ejaculação. O procedimento é realizado em hospitais ou clínicas especializadas, podendo ser feito com anestesia local. “Existe a produção de espermatozoides, mas eles não saem. É uma esterilização voluntária para homens que não desejam mais serem pais”, explica Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista e especialista em Reprodução Assistida, diretor da Fertivitro – Centro de Reprodução Humana.
Caso o paciente decida ter filho depois do procedimento de vasectomia, é possível tentar a retirada de espermatozoides diretamente do testículo e realizar a fertilização in vitro (FIV), procedimento em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.
Outra opção é o tratamento cirúrgico para tentar reverter o bloqueio dos ductos. As taxas de gestação após a reconstrução da vasectomia variam de 30% a 76% e os resultados dependem de vários fatores, como a localização e duração da obstrução. Após 14 anos da vasectomia, as chances de gravidez são reduzidas para 31%. “A fertilidade não é imediatamente restabelecida após a cirurgia. Pode demorar vários meses e deve ser monitorizado pelo espermograma o sucesso da cirurgia. A taxa de resultado positivo é significativamente maior em casais que já tiveram filhos juntos”, ressalta Dr. Luiz.
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