A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), pode se apresentar por meio de alterações menstruais, infertilidade, alteração da distribuição dos pelos (distribuição masculina) e até mesmo obesidade.
O diagnóstico está baseado em análises clínicas e ultrassom, sendo classificado quando houver diminuição ou falta de ovulação, aumento dos pelos e alteração na sua distribuição e ultrassonografia com presença de inúmeros cistos de pequena dimensão (menor do que 10 mm), distribuídos na periferia dos ovários.
O tratamento para infertilidade às mulheres com SOP está baseado em dados clínicos e laboratoriais. Nas pacientes obesas ou com sobrepeso é indicado perder peso, para melhorar o perfil lipídico, da pressão arterial e da resistência periférica à insulina, diminuindo os efeitos provocados pela ação dos hormônios masculinos (androgênios). A perda de peso pode restaurar os ciclos ovulatórios e levar a uma gestação espontânea.
No insucesso do tratamento clínico e sendo a SOP a única causa provável de infertilidade, a segunda opção é o Coito Orientado — relação sexual programada para o período fértil — com uso de medicamentos para conseguir a ovulação. Ao induzir a ovulação, sabe-se exatamente o período fértil da mulher e, portanto, deve-se intensificar as relações sexuais neste período.
Em alguns casos, como na presença de fator masculino, é possível utilizar outra técnica de baixa complexidade, chamada de Inseminação Intrauterina (IIU), para fazer uma seleção dos melhores espermatozoides e colocá-los dentro do aparelho reprodutor feminino (útero e tubas), no mesmo dia da ovulação, provocando o encontro dos gametas (óvulo e espermatozoides).
Já a última alternativa, a fertilização in vitro (FIV), fica restrita aos casais que não obtiveram sucesso nos tratamentos de baixa complexidade ou que há outros fatores associados que indiquem um tratamento mais avançado.