Cientistas europeus estão preocupados com o futuro da humanidade e acreditam que os altos índices de infertilidade masculina podem se transformar em um sério problema de saúde pública.
Niels Skakkebaek, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, descreve a questão como algo tão importante como o aquecimento global.
Se o número de homens inférteis aumentar, a tendência, explica o especialista, é que a espécie desapareça em poucas gerações.
Segundo um relatório europeu, um em cinco rapazes saudáveis, entre 18 e 25 anos, produz uma quantidade anormal de espermatozóides. Apenas 15% do esperma produzido por esse grupo, afirma o levantamento, é bom o suficiente para ser classificado como normal, de acordo com a regras impostas pela Organização Mundial da Saúde.
Alimentação – Muitos estudos associam essa diminuição de espermatozóides a um problema genético, explica Gillian Lockwood, diretora da Midland Fertility Services, uma clínica de fertilização europeia. Para a médica, embora o processo de produção de espermatozóides aconteça somente na adolescência, os preparativos para tal comportamento natural se iniciam antes mesmo do nascimento.
Lockwood adianta que a dieta das mulheres durante a gestação pode influenciar na fertilidade de seus filhos. O consumo de carne vermelha e soja, bem como a exposição ao cigarro e pesticidas, podem interferir na produção futura de espermatozóides do bebê.
Fonte da matéria: Veja.com, em 10/05/2010
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/infertilidade-masculina-pode-colocar-risco-futuro-especie-558161.shtml