Hormônios

Hormônios

Dificilmente uma mulher que administra hormônios para se submeter a um tratamento de reprodução assistida terá sua saúde prejudicada, porque os hormônios são os mesmos que já circulam normalmente no organismo feminino. “Algumas pacientes podem apresentar efeitos colaterais leves, como alergia, sensibilidade, dor e irritação no local das injeções. Também é comum que a pelve fique um pouco dolorida, devido a um aumento do tamanho dos ovários”, explica Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro — Centro de Reprodução Humana.
Por outro lado, nos tratamentos de Fertilização in vitro (FIV) e Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides (ICSI), quando uma quantidade maior de hormônios é utilizada, para que sejam produzidos muitos óvulos, pode, eventualmente, ocorrer a Síndrome de Hiperestímulo Ovariano (SHO).
É uma complicação decorrente de uma resposta exagerada do ovário à estimulação ovariana, e caracteriza-se pela formação de múltiplos cistos ovarianos, ocasionando uma distensão abdominal, um aumento da permeabilidade capilar e sintomas como acúmulo de líquido na pelve, aumento expressivo dos ovários, desconforto abdominal, náuseas e vômitos. Nos casos mais graves, pode ser necessária a internação da paciente para um controle mais adequado.
Ocorre entre 0,6% e 10% dos ciclos de tratamento em fertilização in vitro. A forma mais severa acontece em 0,5% a 2%, sendo as pacientes mais jovens e portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) as que apresentam maior risco. “Não existe um protocolo de indução ideal e sim a melhor opção para cada paciente”, diz Dr. Luiz.
É muito importante realizar exames de ultrassom transvaginal antes de se iniciar a indução da ovulação, para avaliar o número de folículos iniciais, e durante o ciclo, pois são fundamentais para verificar a resposta ovariana e para a prevenção da SHO.

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