Fertilização com sêmen doador segue o mesmo procedimento

A inseminação intrauterina (IIU) com sêmen doador é um procedimento ético, de acordo com o Conselho Federal de Medicina. Tecnicamente, o processo é o mesmo do que a inseminação intrauterina convencional. Assim que a paciente estiver no momento da ovulação, ela será inseminada com os espermatozóides do doador.
O banco de sêmen utilizado pela Fertivitro é o Pro-Seed, que tem autorização da   Vigilância Sanitária e segue a resolução RDC º 33, de 17 de fevereiro de 2006, da ANVISA – Regulamento Técnico para o funcionamento dos Bancos de células e tecidos germinativos.
Os doadores são voluntários e anônimos. É importante citar que o Pro-Seed sempre necessita de novos doadores, entre 18 e 45 anos e saudáveis, para fornecer sêmen com diversas características fenotípicas (físicas) para os casais do Brasil todo, que necessitam realizar esse procedimento.
Após passar por uma triagem que inclui espermograma, exames sorológicos para doenças infecto-contagiosas e hereditárias, e triagem clínica, os doadores fornecem várias amostras de sêmen, que são mantidas em quarentena (criopreservadas) até o resultado final dos exames. O sêmen só é liberado para a inseminação após a repetição dos exames sorológicos pelo doador.
“Esse procedimento é normal nos casos em que a mulher tem interesse em uma gestação independente ou quando o marido apresenta algum tipo de azoospermia irreversível”, explica Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro — Centro de Reprodução Humana.
A prática é muito utilizada e não se deve ter preconceito e nem preocupações jurídicas, porque o doador assina um termo de doação aceitando o anonimato. Ele não terá acesso às informações sobre os casais ou mulheres que utilizam o sêmen. O sêmen deve ser solicitado pelo médico, que irá realizar o tratamento e preencher uma planilha com as características fenotípicas (físicas) de cada doador, cujas amostras recebem uma identificação alfa-numérica, que é fornecida para a clínica. Por meio dessa planilha, o casal escolherá a amostra de doador que mais se assemelha as características da família. É importante enfatizar que os casais também não têm acesso à identificação do doador.