- Congelamento de óvulos e sêmen deve ser adotado em casos de tratamentos de quimioterapia e radioterapia ou para quem deseja postergar o plano de ter um filho
- O ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro, explica qual é o momento ideal para os procedimentos e como fazer
Alguns fatores podem prejudicar a fertilidade do homem e da mulher, como um tratamento intensivo para o câncer, a vasectomia ou mesmo a vontade de adiar a gestação após os 35 anos. Nesses casos, para ajudar na possibilidade de se ter um filho no futuro, o paciente deve preservar seus gametas, para depois realizar um procedimento de Reprodução Assistida.
A forma mais comum de se preservar a fertilidade da mulher é o congelamento de óvulos, também chamado de criopreservação de oócitos. Nessa técnica, os óvulos são extraídos, congelados e armazenados, para que possam ser utilizados no momento em que a paciente desejar engravidar, em um procedimento de fertilização in vitro, em que a fecundação dos óvulos e espermatozoides é feita em laboratório. “Essa técnica apresenta melhores resultados quando a mulher tem 35 anos ou menos, porque após essa idade há uma queda na qualidade e número de óvulos”, explica o ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro.
Outro método para a mulher é a criopreservação de embriões. Em 2005, de acordo com o SART (Society for Assisted Reproductive Tecnology), as taxas globais de gravidez com transferência de embriões congelados foi de 28%, comparado a 34% com embriões transferidos a fresco (que não passaram pelo processo de congelamento, ou seja, foram transferidos no mesmo ciclo da retirada dos óvulos). “Ainda que muito eficaz, é importante lembrar que esta técnica possui algumas limitações, como: tempo hábil para induzir uma hiperestimulação ovariana controlada (que geralmente compreende entre 2 e 3 semanas antes de iniciar a quimioterapia), pacientes sem parceiro definido e pacientes com tumores estrogênio dependente”, destaca Dr. Luiz.
No caso da preservação da fertilidade do homem, o indicado é congelar os espermatozoides antes de tratamentos de quimioterapia e radioterapia, na retirada dos testículos ou para aqueles que decidiram fazer a vasectomia, mas não excluem a possibilidade de tentar ser pai no futuro. O procedimento é similar ao da mulher, os gametas masculinos são retirados, congelados e armazenados em laboratório de FIV.
Tratamentos de Reprodução Assistida (RA)
Existem três tipos de tratamentos de reprodução humana: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.
Sobre o Dr. Luiz Eduardo Albuquerque
Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO – Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica.
O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana.
Foi médico do setor de Reprodução Humana da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.
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