A função das tubas uterinas é captar o óvulo produzido pelo ovário e permitir a migração dos espermatozoides pelo seu interior provocando a união dos gametas. Uma vez que o óvulo foi fertilizado (nomeado de pré-embrião), a tuba tem a função de transportá-lo ao interior da cavidade uterina para que ocorra a implantação e início da gestação.
A laqueadura é um procedimento cirúrgico com o objetivo de interromper o trajeto dos gametas e, consequentemente, impossibilitando-os de uma união, o que resulta na esterilidade feminina às pacientes que não desejam mais a reprodução. Portanto, é considerada um método anticoncepcional definitivo.
Por este motivo, a laqueadura não deve ser realizada em pacientes jovens. Por lei só é permitida em mulheres com mais de 25 anos ou que tenham, no mínimo, dois filhos vivos. Nessa situação, o indicado é adotar outros métodos contraceptivos.
Muitos pacientes questionam se é possível engravidar após este procedimento. Isso ocorre com mulheres que já tiveram filhos e decidiram pela laqueadura e, após um novo relacionamento, buscam por uma nova gestação. No caso, pode haver duas possibilidades de tratamento: a reversão cirúrgica e a Fertilização in vitro (FIV).
O maior inconveniente da cirurgia de reversão é que depende da técnica cirúrgica que foi realizado o procedimento, podendo ser esse realmente impossível de reverter cirurgicamente. Os melhores resultados de reversão cirúrgica variam entre 60% e 80% de recanalização e, aproximadamente, 50% de gestação. Outro inconveniente é a idade da paciente, pois é necessário um tempo aproximado de seis meses para iniciar tentativas de gravidez, sendo que após um ano tentando engravidar sem sucesso, na maioria das vezes, as chances são remotas.
Já na FIV, o tratamento é praticamente imediato, necessitando apenas de um breve período de tempo para realização de exames.
É preciso levar em consideração vários dados do casal para indicar o melhor tratamento para a paciente laqueada. “É bom lembrar que, antes de definirmos a realização de cirurgia de reversão tubária, é necessário investigar o fator masculino, pois este pode estar presente e impedir o sucesso da concepção natural”, explica Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista, especialista em fertilização e diretor da Fertivitro – Centro de Reprodução Humana.
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